O que é a Felicidade?
- Patrícia Oliveira
- 30 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de set. de 2017
É um estado mental. Um estado psico-emocional que a grande maioria de nós deseja alcançar e manter - o que poucos se podem vangloriar de conseguir...

Um estado mental com impacto não só visível, como cientificamente comprovado, na nossa saúde física. Com impacto previsível - ainda que (ao que sei) ainda não provado pela ciência - no plano material.
É um estado oposto ao de sobrevivência. Em que o medo é raro e pontual. Em que o sentimento prevalecente é o de bem-estar.
Em que estão supridas as nossas necessidades básicas (ver trabalho de Abraham Maslow) - necessidades de sobrevivência (fisiológicas e de segurança), de integração social (amor e pertença) e de estima (autoestima, confiança, desempenho e respeito dos pares).
Neurologicamente, é um estado de amígdala em repouso, de #controlo_emocional - realizado pelo córtex prefrontal. Dum metabolismo dopaminérgico equilibrado, entre o #sistema_de_recompensa (nucleus accumbens) e o #autocontrolo, #autodeterminação e #liberdade ostensiva (cortex prefrontal ).
Como podemos conquistar a felicidade que desejamos?
Aquilo que, quotidianamente nos traz em estado de #felicidade, difere muitíssimo, de indivíduo para indivíduo. Pode ser um carro topo de gama, uma casa de luxo, ou simplesmente o pão de cada dia. Pode ser viajar, conhecer e contactar com pessoas, ou simplesmente conviver com a família. Pode ser uma lauta refeição, iguarias dignas da doçaria conventual, ou um copo de água fresca ou um chá ou um café. Pode ser uma carreira profissional com visibilidade, a fama Hollywoodesca, ou ter um(a) companheiro(a) com quem partilhar as experiências de cada dia. Pode ser ser servido, ou pode ser servir. Pode ser uma vida sexual exuberante ou o celibato. Pode ser uma vida dedicada à investigação, ou a cuidar de pessoas pequenas...
Simplesmente porque aquilo que nos faz felizes depende da nossa neurologia:
da construção do nosso sistema nervoso central, que se inicia in-utero - e que, na infância, depende essencialmente do código genético que recebemos - e, ao longo do percurso de desenvolvimento humano, progressivamente mais das nossas experiências e da forma como as interiorizamos.
Depende do suporte recebido ou não do nosso contexto social próximo, depende dos estímulos proporcionados, dos reforços positivos e negativos que nos condicionam sem que nos apercebamos, e ainda do modo como se forma a nossa consciência...
Quando já somos adultos, depende das oportunidades que nos são proporcionadas de evoluir - de tomar consciência do que somos e fazemos quotidianamente e de #agir sobre ambos de forma orientada.
Por vezes, essa #oportunidade chega pela mão de alguém que entra na nossa vida sem pré-aviso e nos surpreende, abalando as nossas estruturas neurológicas com força suficiente para as pôr em causa - com o seu Amor, ou com o amor que solicita de nós, despoletando o nosso ímpeto amoroso.
Outras vezes, é o nosso próprio mal-estar continuado que se torna finalmente insuportável, e nos obriga a procurar a #mudança...
Quando isto acontece, é importante ter suporte. Mudar as nossas circunstâncias na vida adulta - e quanto mais história temos, mais evidente se torna - não é um processo simples, fácil, ou inócuo.
Há muito a deixar para trás. Que, muitas vezes, não é só nosso. E é aqui que as resistências à mudança e os obstáculos - internos e externos - se mostram claramente, em toda a sua força.
E, no entanto, é possível. Moroso, muitas vezes. Penoso, outras tantas. Para nós e para outros. É um processo, muitas vezes, de tentativas e erros. Que emperra, por vezes. Que nos leva a perder o alento, outras tantas... Que, apesar de tudo isto,
é o único meio de voltarmos a experimentar a felicidade.
O que - no fundo, no fundo - é aquilo que todos desejamos mais do que qualquer outra coisa. Aquilo que - independentemente dos contornos ditados pelas idiossincrasias individuais - está subjacente, invariavelmente, a todos os desejos humanos.
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